Militar reformado confessa que pagou para mães enviarem imagens das próprias filhas, aponta investigação contra crimes sexuais
09/10/2025
(Foto: Reprodução) Operação da PF prende 66 suspeitos de crimes sexuais, principalmente na internet
A Polícia Federal prendeu 66 pessoas e resgatou três crianças em uma operação contra crimes sexuais, principalmente na internet.
Quase 900 agentes com o apoio das policiais civis dos estados e do DF cumpriram 182 mandados de busca e apreensão em todo o país. Todos os investigados são homens com idades entre 21 e 71 anos. Entre os alvos, um bombeiro, um policial, um professor e um jornalista. Segundo a investigação, um militar reformado da Força Aérea Brasileira confessou que pagou para mães enviarem imagens das próprias filhas.
Os investigadores buscaram imagens criminosas nos celulares e computadores dos suspeitos durante as buscas e prenderam em flagrante, sem direito a fiança, 55 pessoas. Além disso, a operação, que contou com o apoio das polícias civis estaduais e do DF, prendeu 11 pessoas de forma preventiva e apreendeu dois menores de idade.
Os suspeitos podem responder por armazenamento, compartilhamento, produção e venda de material pornográfico infantil e também por estupro ou estupro de vulnerável, se a vítima for menor de 14 anos.
A Polícia Federal afirma que os abusadores usam as redes sociais para buscar novas vítimas. Nesta quarta-feira (8), a operação resgatou três crianças em São Paulo, no Amazonas e em Santa Catarina. Uma delas era enteada de um dos suspeitos que criou um perfil falso para conseguir fotos da criança de 11 anos.
“Eles são aliciados para produzir material próprio, para se exibirem para esses abusadores sexuais, e os pais precisam estar muito, muito atentos. Esses aliciadores conseguem contato com essas crianças, conseguem conversar e obter arquivos delas, conseguem fazê-las vítimas de abuso sexual infantil”, afirma Valdemar Latance, coordenador-geral de crimes cibernéticos da PF.
Militar reformado confessa que pagou para mães enviarem imagens das próprias filhas, aponta investigação contra crimes sexuais
Reprodução/TV Globo
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